AGENDA DOS TRABALHADORES PELO DESENVOLVIMENTO
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Para o representante do governo, Carlos Augusto Gonçalves, Secretário de Políticas
Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho e Emprego, o debate e a construção da
agenda dos trabalhadores foi possível, em grande medida, porque o governo tem sido
capaz de levar adiante agendas pautadas pelos movimento social e sindical, como a
revalorização do salário e a retomada do emprego: “Esta agenda se fez no âmbito do di-
álogo social. O governo Lula criou um amplo fórum de debate visando à formulação de
estratégias de desenvolvimento de médio e longo prazo e sempre deu orientação clara
no sentido de valorizar os fóruns que existiam”, afirma.
Os representantes dos empresários parabenizaram a iniciativa do movimento sindi-
cal e, apesar de reconhecerem a existência de pontos divergentes entre as agendas de pa-
trões e trabalhadores, apontaram a necessidade de se trabalhar o diálogo. Flávio Castelo
Branco, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), explica: “Claro que temos diferen-
ças de agendas, mas os objetivos são semelhantes. Precisamos identificar as divergências
e trabalhá-las com afinco para alcançarmos o desenvolvimento sustentável”. Segundo
Roberto Ferraiolo, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), “é impor-
tante que empregados e empregadores pensem de forma conjunta”. Paulo Safadi Simão,
da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), concorda: “Passou a fase da re-
lação de confronto e conflito. O confronto vai continuar, mas de outra forma. Queremos
o projeto para fazer esse país crescer”. Para o representante da Confederação Nacional
Mesa com representantes das centrais,
representantes do Ministério do Trabalho e
Emprego e do empresariado: momento de
apresentação dos principais pontos da Agenda
Pablo de Sousa/689i
Carlos Augusto
Gonçalves,
secretário de
Políticas Públicas
de Emprego do MTE
Pablo de Sousa/689i